Olhando para frente
Sabendo a metade do que quero
E inteiramente o que não quero
Vejo um caminho curto
Porém rodeado de pedras
Onde machucam meus pés
Onde me obrigam a ficar de joelhos
Começo a ver rosas caídas e largadas ao chão
Perante a beleza das rosas vermelhas misturadas a poeira
Não sinto a dor por um instante
Onde os espinhos perfuram minha pele
Fazendo o sangue gotejar escuro e ralo
Vejo que junto ao sangue vai embora
A Luz a felicidade se abraçando
Distante dos meus olhos
As lágrimas escorrem
Não sinto mais os joelhos
Os espinhos ragam a ferida já aberta
Quando olha para os lados vazios,
Tento me levantar com o último ato
E vejo o sangue escorrer formando poças
Como se tivesse caído uma garrafa de vinho tinto ao chão
E percebo que a vida é linda
Porém curta e rápida.